Por: Larissa
O ponto de partida de Clair Obscur Expedition 33 é mais pesado do que a maioria dos jogos ousa tocar: a morte. A cada novo ciclo, a Artífice, uma figura enigmática, apaga todas as pessoas que completam determinada idade. E cabe à Expedição 33, a última tentativa, impedir esse ciclo cruel.
O time por trás do game, liderado por Guillaume Broche, trouxe uma inspiração real para a construção do mundo: a experiência do luto. Em diversas entrevistas e relatos antigos de fóruns, o diretor já havia mencionado como a perda e a tentativa de seguir em frente foram motores criativos para o projeto.
E isso transborda em cada escolha narrativa, na ambientação melancólica da cidade de Lumière e nos diálogos carregados de emoção. Esse é o tipo de jogo que te faz pausar o controle para respirar.
Apesar da carga emocional, Clair Obscur Expedition 33 não deixa a jogabilidade de lado. O combate em turnos lembra jogos clássicos, mas com elementos modernos, como Quick Time Events e mecânicas defensivas manuais que exigem atenção total.
A arte é um espetáculo à parte: cores vivas, cenários distorcidos, criaturas bizarras — tudo parece saído de um pesadelo poético. A trilha sonora alterna entre lamentos suaves e músicas de batalha que fazem o coração disparar.
E como se não bastasse, o jogo consegue ser leve nos momentos certos, com toques de humor e personagens que vão te conquistar aos poucos. Um equilíbrio raro, que poucos RPGs conseguem alcançar.
Se você assistiu ao trailer de Expedition 33 e achou que era “só” mais um JRPG bonito, pense de novo. Aquilo foi só o começo. Conforme a narrativa avança, o jogo se transforma — literalmente. Reviravoltas, dilemas morais e decisões impactantes tornam cada capítulo mais intenso que o anterior.
Em determinado momento, uma escolha final te obriga a olhar para dentro e questionar: o que você sacrificaria para salvar o outro? A resposta, nesse contexto, diz mais sobre o jogador do que sobre o jogo. E é exatamente isso que torna Clair Obscur Expedition 33 tão único.
O início do projeto foi modesto. Um simples post no Reddit, pedindo dubladores para um RPG independente. Anos depois, estamos falando de um dos títulos mais comentados da nova geração Horizon (sim, mesmo com jogos como Final Fantasy XVI e Baldur’s Gate 3 no páreo).
A jornada de criação foi longa, com mudanças no escopo, estilo e até no gênero. Mas o coração do projeto — falar sobre dor, legado e luta — nunca mudou.
A história do jogo se entrelaça com a de seus criadores. E talvez seja por isso que ele nos toca tão fundo: é real, mesmo com toda sua fantasia.
No fim das contas, Clair Obscur Expedition 33 é mais do que um jogo: é uma experiência. A cada nova área explorada, a cada música tocada, a cada diálogo carregado de significado, fica claro que essa é uma obra feita com o coração.
Você vai rir, se frustrar, se perder no mapa, morrer várias vezes… mas também vai se emocionar, refletir e, talvez, até se curar de algo sem perceber. É raro encontrar um jogo que trate o luto e os games com tanta sensibilidade.
E é por isso que, mesmo após os créditos subirem, ele continua ecoando na cabeça — como só os grandes conseguem fazer.
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